quinta-feira, 6 de março de 2008

O percurso que a formação deveria obedecer

Os jogadores de futebol, deverão ser encarados como seres complexos, pertencentes a inúmeros sistemas de interacções dentro e fora do futebol que, irão inexoravelmente influenciar a sua actuação. Logo, a formação deverá considerar um conhecimento de jogo comum a todos os escalões, onde as directrizes sejam transmitidas pelos seus intervenientes, ou seja, temos um modelo de jogo a adoptar que deve ser o mesmo para qualquer idade, onde os princípios gerais deverão suportar os treinos, variando os sub-princípios dos sub-princípios… ao longo de cada etapa. Por exemplo, se na filosofia do clube A, para o momento defensivo pretende-se defesa à zona pressionante (princípio de jogo), deverão evitar-se treinos com marcação H-H em todos os escalões, variando os contextos da decisão, consoante o nível maturacional dos praticantes. Na prática, treinar-se-iam referências espaciais para determinado escalão que, após acomodação, suportaria a questão das linhas. Na etapa seguinte do processo ensino-aprendizagem/treino, ficavam as basculações, zona de pressão, pressão para conquista, para organização ou para recuo do bloco, pressão horizontal ou vertical e assim sucessivamente, dentro da premissa que recusa os princípios que correspondem à marcação individual, por exemplo. Todos os sub-princípios enumerados para o momento defensivo, serão abordados consoante o escalão mas, a sua noção global corresponde a todo o clube A. Concomitantemente, criar-se-ão matrizes de esforço físico, dinâmica psicológica e aparência estratégica, características do clube, desenvolvendo um jogador cada vez mais Específico, ou seja, com traços gerais de acordo com os ideais da equipa (orientados em todas as vertentes – sociológicas, psicológicas, biológicas, etc. – pelo modelo de jogo adoptado!).