sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Tempo de treino

O tempo de cada unidade de treino é definido pelo treinador e logicamente baseia-se dentro de uma programação lógica tendo em conta os objectivos que se deseja atingir.
Por isso a duração (volume) tem sempre a ver com o objectivo que o treinador pretende, tal como a intensidade.
Por isso tu que és jogador não deves tecer comentários despropositados sobre a duração ou a intensidade dos treinos, deixa isso para os teus treinadores, mas o que se vê e ouve muitas vezes é que alguns jogadores pelos comentários que fazem quando o treinador termina o treino (mister já acabou? Fogo.) dá ideia que temos grandes especialistas na aérea da metodologia treino, o que depois quando se recolhe as informações escolares Vossas, ficamos admirados em ver que em vez faculdade como pensávamos tendo em conta os comentários, ainda estão no secundário.
Por isso amigo, preocupa-te em dar o teu melhor no treino, preocupa-te apenas com o teu trabalho, e não com o trabalho do teu treinador.
Treinar muito tempo não quer dizer que se trabalhe bem.
Mais vale pouco e bem que muito e mal.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

PROMOÇÃO DA AUTO-CONFIANÇA

IMPLICAÇÕES E RECOMENDAÇÕES PRÁTICAS PARA A PROMOÇÃO DA AUTO-CONFIANÇA
De acordo com o autor Viana (1990) é importante desempenhar algumas estratégias junto dos atletas para que se promova uma maior auto-confiança desportiva nos mesmos, nomeadamente aos mais jovens. Assim vejamos:É importante reter que a determinar a auto-confiança do atleta está a auto-percepção de que é capaz de executar as tarefas que lhe são solicitadas para a sua actividade. Então podemos dizer que os atletas só poderão sentir-se confiantes se estiverem bem preparados sob o ponto de vista físico e técnico: Força, rapidez, flexibilidade e resistência são ingredientes indispensáveis para encarar as exigências desportivas, necessitando, por isso de ser bem assimilados e ajustados.Como se pode verificar estas são verdades la palice. Mas como consegui-lo com o seu grupo de treino?A familiarização parece ser a palavra de ordem, já que quando o atleta conhece as características inerentes à competição a que vai estar sujeito, reduz a incerteza e a probabilidade de ocorrência de distracções negativas para os atletas e o jogo. Familiarizar implica um trabalho, por parte do treinador, anterior à competição propriamente dita, através de simulações durante os treinos com técnicas da modalidade, mas também estratégias de competição: livres e situações de grande penalidade.Em segundo lugar devem ser elaboradas “rotinas pré-competitivas de aquecimento”, porque a inexperiência de alguns atletas mais novos pode ser determinante para distracções que não foram eliminadas em treinos mais rigorosos e estruturados (tanto no que se refere à ordem da sua execução, bem como quais deverão ou não ser treinados em determinada situação).Este aquecimento, acima mencionado, é de suma importância também para uma melhor adaptação às condições do espaço físico e treino de competências mais específicas que não haviam sido ainda assimiladas.

Em terceiro lugar, é curioso notar que quando o treino é estruturado com actividades, tempo limite, intensidade das tarefas etc., tal qual se trate de uma elevada competição, reduz a sua importância, e que pode ser determinante para reduzir estados de tensão que trazem implicações para um bom resultado. Mais concretamente:- Manipular o marcador;- Solicitar a demonstração de rotinas competitivas interpolando com exercícios de visualização mental da situação de competição;- Utilizar o equipamento da competição;Praticar estratégias de confrontação de erros;- Sobre-simulação da competição – exagero das condições reais de competição, em simulação;- Observar a aprender com melhores atletas, assistindo às suas competições, sistemas e estruturas de jogo e tácticas;- Organizar entrevistas com esses atletas;
O local de competição, como quarto elemento, parece ter implicações para o desempenho de actividades desportivas. O treinador pode fornecer:- Fotografias;- Visitas aos locais;- Filmes- Relatos verbais.
Em quinto lugar, uma questão relacionada com a tomada de conhecimento de estados fisiológicos e psicológicos que podem explicar reacções que podem ser erradamente interpretados pelos atletas, dado que nem sempre reconhecem determinadas transformações que ocorrem em competição.
Finalmente, a familiarização com os adversários:- Descrever os atletas, tanto a nível das suas potencialidades, como os pontos fracos;- Descrição que corresponda a realidade;- Enumeração de estratégias de confronto que aqueles mais utilizam, bem como formas de o diminuir;- Quando as diferenças entre as equipas é muito elevada, devem ser valorizadas metas e não o objectivo final.

ANSIEDADE E STRESS

A competição desportiva está cada vez mais associada a situações e experiências de stress e ansiedade, tanto para os que estão directa como indirectamente envolvidos. Os estudos apontam para níveis elevados destes factores, independentemente da idade e do nível competitivo. Contudo, a experiência não pára aqui. Os efeitos que daqui advém podem ser positivos e negativos para aqueles que as experienciam.Assim, a pressão que é exercida sobre o atleta (por exemplo) permite-lhe querer alcançar níveis cada vez mais elevados, procurando, em consequência, aumentar o seu rendimento. Por outro lado, pode, por sua vez, debilitar o mesmo rendimento. Esta dualidade pode parecer impossível, mas são mesmo estas situações que se verificam.Ainda, para além do rendimento outros factores podem estar afectados pelos resultados do atleta, como o abandono da competição; a maior vulnerabilidade física que origina maior número de lesões e até a sua recuperação.Mas concretizemos. Quais origens do stress e ansiedade na competição? Estas podem ser inúmeras e incluem factores desde o medo de falhar (que é mais significativo para atletas jovens); conflito com treinadores e outros atletas, com incertezas quanto ao jogo, e até os comportamentos dos espectadores.Em suma podemos dizer que as preocupações passam pelos:1.Factores interpessoais;2.Factores situacionais e3.Comportamentos de outros significativos.Antes de finalizar é importante não esquecer o papel que as lesões podem desempenhar para o rendimento do atleta, já que a ocorrência daquelas lesões incrementam níveis de tensão dentro e fora da competição, abrangendo assim as mais variadas áreas da sua vida.

A PERIODIZAÇÃO TÁCTICA JÁ NÃO É O TREINO DO FUTURO MAS SIM O ACTUAL.

Algumas considerações:
.A Componente Táctica comanda todo processo de treino. As outras componentes (física, técnica, psicológica e cognitiva) deverão surgir em função das exigências do Modelo de Jogo Adoptado (MJA);
. Trabalhar com intensidades altas relativas.
.O volume (tempo de execução do exercício) nunca prejudica a intensidade (velocidade de execução do exercício).
. Operacionalizar o Princípio da Especificidade do MJA (exercícios “idênticos” às situações de jogo).
. Exercícios motivadores/lúdicos, sempre com competição de forma a promover os níveis de Concentração. (EX: Campeonato interno)
. "Estar em forma" é cumprir as exigências do Modelo de Jogo Adoptado (MJA) e não, apenas, estar bem fisicamente;
. Planificação Táctica Semanal (MJA / Sub.Modelo Táctico-estratégico em função do próximo adversário)

Atender aos processos de Recuperação jogos/treinos (estiramentos/exercícios aeróbios);